UM PECADO QUE NÃO É PECADO

“Certo homem estava preparando um grande banquete e convidou muitas pessoas. Na hora de começar, enviou seu servo para dizer aos que haviam sido convidados: Venham, pois tudo já está pronto. Mas eles começaram, um por um, a apresentar desculpas […]” (Lucas 14:16-18).

1. COMEÇO DE CONVERSA:

Você levantou a sobrancelha quando leu esse título? Pode haver um pecado que não é pecado? Como assim?

Esse será o assunto da nossa conversa bíblica de hoje, mas antes, vamos ouvir uma canção inspiradora que nos faz lembrar de como podemos estar imunes até a esse pecado que não parece ser pecado.

2. LOUVOR (Renova-me – Harpa Cristã 667)
https://www.youtube.com/watch?v=kFPxRea03mI

Renova-me Senhor Jesus,
Já não quero ser igual.
Renova-me senhor Jesus,
Põe em mim teu coração.
 
Porque tudo que há dentro de mim
Necessita ser mudado, senhor.
Porque tudo que há
Dentro do meu coração
Necessita mais de ti.

3. TEXTO PARA REFLEXÃO

Estamos nessa série construindo um raciocínio em oito reflexões sobre como destruir o que rouba as nossas forças.

Nessa primeira parte, estamos caracterizando o que de fato está por trás de tudo isso, pois é o pecado que nos enfraquece. Toda causa e efeito do mal é resultado do pecado.

Sentimos dores, cansaço e fadiga, adoecemos e morremos, por causa do pecado; a terra produz ervas daninhas e desastres naturais por causa dele. Sofremos seus efeitos seja por nossos pecados, seja pelos pecados dos outros. E essa é a verdadeira tragédia da humanidade.

Algumas metáforas foram criadas para representar o pecado, como uma prisão ou uma doença que contaminou toda a humanidade.

“[…] assim como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram” (Romanos 5:12).

Estávamos todos perdidos em nossos pecados. Ninguém poderia nos salvar de seus efeitos e nem nos libertar dele. Até que veio “o Salvador, que é Cristo o Senhor” (Lucas 2:11). E esse é o Evangelho do Reino, a Boa Notícia do Céu:

“Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido” (Lucas 19:10).

“Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo” (Romanos 10:9).

Desde que esse Evangelho começou a ser pregado, há cerca de 2000 anos, muitas pessoas foram libertas do pecado, “pois, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres” (João 8:36).

Segundo a Bíblia isso só foi possível porque em nossa união com Cristo, “fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova” (Romanos 6:4).

Por isso, a todos que se entregaram a Cristo, “considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus” (Romanos 6:11). De modo que quem está morto para o pecado não vive em pecado, ou seja, na prática intencional dele.

No entanto, a Bíblia fala de um pecado que aparentemente não é pecado.

A parábola da Grande Ceia, descrita em Lucas 14 ilustra essa realidade, vejamos.

Esse homem que preparou o grande banquete representa Deus, e esse grande banquete representa a festa de casamento de Cristo e a Igreja, chamada na Bíblia de Bodas do Cordeiro (Apocalipse 19:7,9). Mas os primeiros convidados apresentaram desculpas para não ir.

Você já passou por isso? Quando você convida alguém para celebrar com você uma ocasião importante e a resposta é uma desculpa!

Na verdade, o convidado está dizendo para você que tem algo mais importante para fazer do que estar contigo. Em outras palavras, as minhas prioridades na minha lista são maiores que a sua.

Vejamos a lista de prioridades parafraseada dos convidados: “experimentar a sua chácara”, “testar seu equipamento de trabalho”, “a sua esposa”.

Repare que, aparentemente, nenhuma dessas prioridades é pecado. Para os convidados, não havia nenhum mal em recusa o convite. Afinal de contas, eles pediram desculpas. Ele se justificaram!

Jesus estava dizendo para seus ouvintes da época e para nós, hoje, que tudo o que ocupa o lugar de Deus é pecado. E a Bíblia chama isso de idolatria.

Segundo a mesma Bíblia, a idolatria não se manifesta apenas externamente, quando alguém adora um ídolo de escultura. O que está por trás da idolatria é o “ventre” do idólatra.

No passado, os homens construíam seus deuses como objeto de adoração, mas na verdade, faziam isso para satisfazer as suas vontades.

Não mudou muita coisa em nossos dias. Muitos religiosos continuam fazendo de seu objeto de culto uma espécie de marionete para satisfazer os seus desejos, ou seja, o seu “ventre”.

Jesus encerra essa parábola dizendo que “se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:26).

Aprendemos com essa lição que podemos transformar uma bênção em maldição e pecar gravemente contra o Senhor. Pois ele disse no versículo 24 que aqueles convidados que amaram mais os seus bens e a esposa do que o Senhor não provarão daquele banquete, que representa o evento onde todos aqueles que aceitaram o convite receberão o prêmio da salvação.

Estejamos sóbrios quanto ao usufruto de nossas bênçãos naturais. O Senhor tem prazer em nos ver alegres, desfrutando de Seu favor, desde que a bênção não ocupe o lugar do abençoador.

Podemos vencer essa tentação fazendo como a letra dessa música que cantamos: buscando ainda mais da presença do Senhor.

Quanto mais conhecemos o Senhor, pessoalmente, menos teremos vontades de “satisfazer o nosso vente” com as demais coisas.

Ah, quando você receber um convite do Pastor ou de um dos Líderes para servir à igreja, pode ser um teste de Deus para provar as suas prioridades. Pense nisto.

Deus abençoe a sua vida!

por Emerson Cardoso

4. QUESTÕES PARA REFLEXÃO
  1. Que tipo de “desculpas” você tem ouvido de pessoas para não aceitarem a Jesus ou para servirem na igreja? Você se enquadra a algum desses grupos? Como você está lidando com isso?
  2. Em que sentido algo que não é pecado se torna em pecado? Em outras palavras, como uma bênção pode se tornar em maldição? Comente.
  3. A prática do jejum pode ser um exercício precioso para neutralizar o poder desse pecado. Como você costuma jejuar?
  4. Como essa lição se aplica em sua vida?
5. MOMENTO DO PASTOREIO

Se você creu no Evangelho e quer entregar a sua vida a Jesus, faça essa oração conosco: “Senhor Jesus, eu reconheço que sou um pecador (a). Estou perdido (a) em meus pecados e creio que o Senhor pode me salvar. Obrigado por ter morrido na cruz por mim. Eu entrego a minha vida em suas mãos e te recebo como meu Salvador e Senhor. Muda a minha vida para que eu seja semelhante ao Senhor, Amém”.

Agora, se você acha que não tem priorizado o Senhor como gostaria, ore conosco assim: “Pai, eu peço em nome de Jesus Cristo, que purifique o meu coração. Quero ser santo, separado para Ti. Então, se houver alguma coisa na minha vida que não Te agrada ou seja uma prioridade acima de Ti, exponha para mim e me ajude a removê-la. Não quero perder nenhum dos Teus banquetes!”.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BEVERE, John. Kriptonita: como destruir o que rouba a sua força. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Luz às Nações, 2017.

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